Ok, isso foi um pouco exagerado e precipitado, mas que em Bruxelas estão alguns dos melhores chocolates que eu já experimentei é verdade. A cada cinco lojas, uma é uma chocolateria. Na grande maioria, eles são muito mais bonito do que gostosos, mas mesmo assim já dava um calor no coração só de olhar pras vitrines.
Algumas deixam você entrar e provar, e os preços são bem variados. O problema é que os realmente muuuuito bons, óbvio, são os mais caros. Uma dica, se você quer comer o melhor chocolate belga não importa o preço, vá na Neuhaus. Tem no Iguatemi em São Paulo também, mas lá beira o impagável com ovos de Páscoa de mais de 300 reais e acima. Em Bruxelas eles têm preço de chocolate Kopenhagen. Nas lojas mais populares, caixinhas de 10 bombons por 4, 5 euros, trufas, torrones caseiros, é tanta variedade que você não se cansa de entrar nem que seja só pra ficar olhando.
Bom, como eu já disse o que interessa, vamos pra parte chata, o turismo obrigatório...rs. Começamos a viagem pela Koekelberg Basilica, mais conhecida como Basilica of the Sacred Heart. Vale a parada pra uma fotinho. Bem grande e bonita por dentro, mas você paga pra subir na cúpula (jura?). Por isso ficamos só embaixo mesmo.
Fomos pra Bélgica nesse determinado final de semana (28-29/maio) porque teria um festival de jazz que acontece todo ano. Não que amássemos esse estilo de música, mas a Talita e o Matheus já tinham ido a um ano atrás e tinha sido muito legal. E realmente é mesmo. A música em si não importou muito, mas a cidade fica agitada, cheia de gente e de atividades. Os bares ficam abertos até mais tarde e a Grand Place, uma praça enorme e rodeada de prédios antigos, abriga um mega palco e um monte de mesinhas e barraquinhas de petiscos típicos. Não tem coisa melhor.
E além do chocolate e da batata-frita - sim, Bruxelas também é famosa por suas chips servidas em cones de papel! - tínhamos que dar uma olhadinha nas tão numerosas lojas especializadas em cerveja. Porque se tem uma coisa lá que consegue superar em número os chocolates, é a cevada! É tanta marca diferente, tipos e variações que você fica perdido e não sabe nem o que levar. No final acabamos não levando nada... hehehehe.
Mas isso não quer dizer que não iríamos provar! Alguns bares fazem beer-tasting, um tipo de degustação. Pagamos 14 euros por 5 copos e um pote de queijinho. É interessante e vale mais pela experiência mesmo, porque das 5 eu só consegui beber 2. Das outras, uma era muito forte, uma tinha sabor de cereja (NOJO PURO!) e uma de pêssego em calda (IRGHT!).
Mas não é só de alegrias que se faz uma viagem, né? Sempre há decepções. A primeira e maior de todas foi com o waffle. Você vai pra Bélgica imaginando comer um maravilhoso e perfeito waffle belga, com sabor único e inigualável, mas só acha waffle seboso, com chantilly gordurento e calda de sorvete de chocolate ao invés de chocolate de verdade (muitas lagriminhas caem nesse momento!). Com certeza deve ter algum waffle mega caseiro e delicioso escondido em algum lugar pitoresco, mas nós não achamos. Paguei mais ou menos 4 euros por waffle, um por dia, na esperança de achar um bom, e o da Bond Street aqui em Londres continua sendo muiiiiiito melhor. Acho que até os que eles fazem nas barraquinhas de Embu das Artes em SP batem os que eu provei lá, com longa vantagem.
Decepção número 2, o Mannequin Pis. Você vê em um monte de loja de souvenir pratos, canecas, réplicas, de um menininho fazendo xixi. Ele está por toda parte da cidade. Quando você vai conhecer a famosa "estátua", quer até chorar de tão ridícula. Dá vergonha alheia de uma cidade ter como um de seus símbolos uma coisinha tão sem graça. Ele deve ter uns 30 cm de comprimento, e só. E é isso. E você tira uma foto e vai embora se perguntando por que diabos ele é tão famoso. E não encontra explicação. Na net tem um monte de lendas e histórias mas nada é confirmado. Achei um lixo.
Como tinha o festival, a maioria dos estabelecimentos da cidade estavam fazendo maratona de bandas ao vivo então tomamos uma cerveja em cada bar pra conhecer lugares diferentes. Não deixe de conhecer o Délirium Café, escondido numa viela perto de uma rua cheiaaa de restaurantes gregos e italianos. Ele é famosíssimo e virou ponto turístico por ter reconhecidamente mais de 2.000 rótulos de cervejas do mundo inteiro.
Em Bruxelas, dá pra conhecer quase todos os pontos mais famosos em um dia só se você estiver de carro. A maioria não tem muita coisa pra fazer, então você só pára, dá uma olhadinha e tira uma foto. No Cinquentenaire Park tem o Arco do Triunfo belga. Interessante mas não tem comparação com o de Paris. Nesse parque também tem o museu do carro, um museu de guerra, mas tudo pago.
Perto do centrinho tem o Jardin Du Mont Des Arts, uma pracinha bem bonita onde do lado tem um café da manhã delicioso, não tem como errar. Esses edifícios japoneses da foto fazem parte do Museums of the Far East, um museu dedicado a cultura oriental que estava fechado quando chegamos lá. Pelo menos o lado de fora é lindo, muito bonito mesmo, vale a visita pelo menos pra dar uma olhadinha rápida.
Outro pit stop pra foto que fizemos foi no Royal Palace of Brussels. Fica perto de um parque bem legal, então pra quem tem tempo dá até pra sentar e dar uma relaxada. Como estávamos na correria foi só a foto mesmo, pá-pum. Esse aí dava até pra passar, não tem nada demais.
Depois ainda paramos no Atomium, um monumento-museu-símbolo de Bruxelas. Fica junto da Mini-Europe, essa sim vale uma paradinha. Por 11 euros (não era barato mas foi o único passeio pago que fizemos) você passa a tarde vendo miniaturas da Europa inteira.
Isso mesmo, prepare uma tarde toda pra ir lá. Ficamos no mínimo umas 2, 3 horas pra ver tudo. É muito legal mas depois de uma hora você já não aguenta mais. Deve ter mais de 50 miniaturas, algumas que custaram mais de 300.000 euros pra serem feitas.
O míni Big-Ben. A Lola gostaria muito de morar aí.
Thiago, Matheus e Talita com o Átomo de fundo - 2 minutos a pé até a entrada da Mini-Europe.
Junto da entrada tem também um parque aquático e um complexo de restaurantes. Por 20 euros você podia comer até uma feijoada, o que não valia a pena já que com esse dinheiro você come no rodízio de churrasco aqui perto de Canary Wharf, a vontade. Não sei como eles tem coragem de enfiar tanto a faca em comida brasileira, meu deus. E estava cheio!
Acabamos nosso último dia de Bruxelas na ruazinha cheia de restaurantes que fica do lado do Délirium Café, um dos lugares que mais gostei. Sabe, aquelas ruas pequenininhas e aconchegantes? Com cantores ao vivo e um monte de restaurante um do lado do outro? Como tinham nos recomendado, o André, a Talita e o Matheus resolveram comer mussels - ouuuuutro prato típico da Bélgica. A panela de mexilhões custa uma média de 20 euros e dá pra uma pessoa bem faminta. Tem um monte de variações de tempero e complementos.
Eu preferi ir de paella, que custava a mesma coisa. Estava maravilhosa. Como eu amo paella! Não lembro o nome do restaurante mas creio eles sejam todos muito parecidos, até os preços eram iguais, então não tem como errar.
Pelo pouco que ficamos em Bruxelas tive uma excelente impressão da cidade, principalmente onde ficamos pertinho do centro. A cidade não é tão grande, então em um final de semana é tempo suficiente pra aproveitar tudo e dar uma boa descansada. O hotel era muito bom, chamava-se Alma Hotel, uma localização excelente, tudo novo, e se você reserva com bastante antecedência sai beeeem mais barato que os preços do site. Recomendo muito. E prepare seu estômago porque você vai comer bastante...rs.
No comments:
Post a Comment