Friday, 25 February 2011

O terror da primeira faxina



Depois de muito tempo sem postar pela falta de internet - como nós criamos uma dependência, não?, cá estou eu para dar o mais impressionante relato sobre o dia em que resolvi faxinar a casa pela primeira vez. Resolvi não né, fui obrigada pelas circunstâncias e pelo meu, graças a deus e a minha mãe, asseio...rs

O problema não estava só no limpar propriamente dito, começou na compra dos produtos no mercado. Pra quem nunca tinha faxinado a casa ou comprado produtos de limpeza, chegar num mercado com um corredor quilométrico, literalmente, e ter que ficar lendo rótulo por rótulo EM INGLÊS é um grande porre. No começo até que não, você se sente gente grande, mas depois do segundo já fica muito chato. Fora o preço né? Tudo bem que vai durar muito, espero, mas a conta saiu beeeem cara.

Passado o pesadelo no mercado começa o problema propriamente dito. Como usar tudo isso? Depois de me ferrar varrendo o chão, percebi que comprei a vassoura errada, porque é impossível varrer dentro de casa com uma vassoura com cerdas tão abertas, mas era a mais barata né, na hora você só pensa em economia até quebrar a coluna tentando varrer o chão e não conseguir tirar um pedacinho de papel.


Depois do lustrar o assoalho, limpar a pia, chão da cozinha.... vem o banheiro! Onde fomos abençoados por um lindíssimo piso branco, ou seja, caiu um fio de cabelo parece uma porqueira já.... e pra completar tivemos a também maravilhosa idéia de comprar toalhas roxas! E baratas! Imaginem a qualidade! Parece que matamos o Shake McDonald lá, lembra, aquele personagem amorfo, roxo e obeso da turma do Ronald McDonald? Porque tem pêlos roxos espalhados pela casa toda! Eu imaginei que lavando tudo pararia de soltar tanto, mas que nada! No dia seguinte da minha limpeza a casa já estava toda roxa de novo!

Ah, e não caiam no conto de que secadoras aqui podem ser melhores e diferentes como eu imaginava. SIM, suas camisetas vão encolher se você secar na secadora!!!!!!!

Eu sei que isso é só no começo e devido a minha inexperiência eu devo ter feito tudo errado - e não pensem que é um super apartamento, ele é minúsculo hehehe..... mas com certeza daqui algumas semanas vou ter pegado as manhas do negócio e vai sair tudo mais fácil.... e com certeza esse é o tipo de coisa que você só dá valor quando se mata fazendo. Nunca mais vou derrubar um cisco no chão e não ajuntar hehehe minha mãe merece até um abraço agora!
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Não tão aterrorizante foi a peça que vi ontem que a escola estava promovendo, The Woman In Black, no Fortune Theatre (Covent Garden), baseada no livro de mesmo nome de Susan Hill publicado em 1983. O preço normal varia de 16.50 pounds até 45, como foi pela escola pagamos 14 pounds mas foi num lugar péssimo, não recomendo esse mais barato. Fica muito longe e muito de cima, o que prejudica bastante em alguns momentos.


A história é de suspense e terror, mas não sei se é porque eu tinha que ficar prestando muita atenção no que eles estavam falando pra entender tudo ou se eram as poltronas muito distantes mas eu quase não me assustei. Tinha uma japonesa do meu lado que gritava e se sacudia a peça inteira, eu não consegui me empolgar tanto. O público no geral gritou bastante, mas eu achei os sustos meio previsíveis sabe, quando está tudo silêncio e alguém vai abrir uma porta... você sabe o que vai acontecer, você sabe que vai vir um grito ou um barulhão do tipo....rs

Mesmo assim é bastante interessante pelos efeitos e pela maneira como eles conseguem com pouquíssimos utensílios e luzes fazer vários truques de ambientação, foi o que eu achei mais impressionante. Valeu os 14 pounds, mas não esteja com sono porque o primeiro ato é bem devagarzinho. Ah, ela está no ar a mais de 20 anos, é bem famosa aqui em Londres. Mais info: http://www.thewomaninblack.com/

Sunday, 20 February 2011

London Fashion Week & Rain



E acordamos às 7h40 da manhã de um sábado. Sim, isso é possível. E mesmo colocando 2 despertadores pra tocar nenhum deles funcionou por razões óbvias: porque quando você está com hora marcada pra alguma coisa é claro que o mundo conspirará contra você. Mas no fundo no fundo o universo tem um pouco de bondade no coração. Você acorda e resolve, por um milagre, checar que horas são 10 minutos depois da hora em que deveria ter acordado.

Muita correria e uma chuva dos diabos depois, correndo de salto pela Victoria Embankment, chegamos ensopados na Somerset House, onde aconteceria o desfile. Meio atrasados claro, mas chegamos. E valeu muito a pena. Desfiles são sempre curtos, você gasta mais tempo se arrumando e chegando lá, o dobro do tempo na verdade, do que assiste ao show, mas pelo menos pra mim vale cada minuto. Eu gosto muito da sensação, não sei explicar. Assistir as modelos entrando, aquela música, dá uma adrenalina diferente. Acho que é igual quando você apresenta uma peça de teatro. São meses, mais de um ano às vezes, preparando tudo aquilo. Você fica nervoso na hora de entrar, dá aquela sensação muito louca. Daí piscou e acabou. E tem que começar tudo de novo....rs.

Fomos assistir ao desfile da Daks. Xadrez, saias longas, casacos e ponchos (não sei como chamam aqui mas é algo que lembra um poncho...rs). Eram roupas lindas e todas extremamente usáveis - porque em desfiles tem sempre aquelas coisas mega conceituais que você fica pensando quem sairia na rua com aquilo. Eu gostei bastante, deu vontade de trocar todo meu guarda-roupa - e a intenção devia ser exatamente essa mesmo...rs. Tinha uma saia longa em evasê de tecido xadrez que lembrava um cobertor, nossa, fiquei apaixonada! Mas pra usar uma saia daquela eu precisaria perder uns 30 quilos pelo menos, e crescer uns 30 cm de perna!

Depois do desfile fomos, na chuva lógico, tomar um café legitimamente inglês em Covent Garden. Num pub. Às 10h30 da manhã. Tomando cerveja. Eu arreguei... bacon, salsicha, feijão, ovo e 500 ml de cerveja como dejejum é demais até mesmo pra mim....rs. Fui de pãozinho com queijo e um delicioso e chocolatento waffle. Tive que sair pra comprar fora do pub num quiosque/padaria italiano, porque inglês que é inglês não serve chocolate quente de manhã, mas um pint e friturinhas gordurentas! Isso é uma coisa que tenho QUASE certeza que nunca vou conseguir fazer. Minha imersão cultural estomacal tem limites...rs. Nas fotos, Bruno, Cássio e Evelyn na da esquerda, e Talita - muito entretida com seu waffle pra olhar pra foto...rs -, Matheus e o André, de boca cheia com seu baconzinho frito.

Foi um dia tipicamente londrino. Comidas gordurentas, chuva e atividades internas (porque lá fora devia estar menos de 5 graus com certeza), mas foi muito legal. Conseguimos ficar até 1 da manhã comendo pizza, jogando Wii, comendo chocolate, jogando baralho, tomando cerveja, comendo mais pizza, tomando mais cerveja e falando besteira, e tomando mais um pouquinho de cerveja. Thanks pelo sábado pessoal!

P.S.: E um agradecimento extra pra que conseguiu com que nós assistíssemos ao desfile, obrigadão mesmo! Espero que você tenha conseguido descansar bastante depois de tanto trabalho.....rs...... e o sono depois de um dia desses é o melhor de todos, né? O sono de trabalho cumprido....rs. Foi sensacional, parabéns!

Sunday, 13 February 2011

Porre Science Museum

Não demos sorte na escolha dos últimos passeios. Depois do muvucado ano novo chinês hoje fomos no não muito empolgante Science Museum. Na verdade o museu não teve muita culpa, eu estava sem paciência e morrendo de fome, então não via a hora de ir embora. Mas ele também não ajudou muito...rs... tem uma ou outra coisinha interessante mas a grande maioria dos espaços é com computadores interativos, joguinhos, essas coisas, e eu não tenho muito saco pra isso.


A parte maior mostra a história da tecnologia, com os primeiros carros, aviões, computadores. A invenção do plástico, blá blá blá. Pra quem gosta de computação pode ser bem legal, tem o primeiro Macintosh, notebook, videogame. Esse aí em cima à esquerda foi o primeiro computador mecânico do mundo, inventado em 1834 por Charles Babbage.

A parte dedicada às viagens espaciais também é bastante completa. Tem um monte de satélites, roupas de astronautas, sondas espaciais, essa da direita é uma réplica em tamanho natural da primeira cápsula que pousou na lua (acho que se chama cápsula, dá pra entender, né?).


Pra quem gosta dessas coisas o museu pode ser bem legal, eu é que não tive muita paciência. É de graça, bem organizado e não é enorme, ou seja, você não vai passar a tarde toda lá - acho que em 2 horas dá pra ver tudo. E é pertinho de outros museus bem famosos como o National History Museum e o Victoria & Albert Museum, de arte e design. Pra quem for bem corajoso dá pra economizar um metrô e fazer dois museus num dia só.
Fotinhos by Google: mais uma sonda espacial, os primeiros Mac e notebook e uma cerâmica pós bomba de Hiroshima.

Uma coisa que você pode aproveitar além dos museus são os vários restaurantes que tem por perto e a famosíssima Harods (http://www.harrods.com/). Não sei se eu já falei mas é uma megaloja de grife aqui de Londres, famosa pelas liquidações que fazem fila pelo quarteirão, o povo dorme na porta e tudo mais. Demos uma passadinha dia desses e não dá nem pra chegar perto das roupas hehehe.... tudo bem caro, também, não é pouca coisa, Vera Wang, Dior, Chanel, só grifes básicas....rs. Já os cosméticos são bem compráveis, tem várias promoções de kits.

Aproveitamos pra comer numa Patisserie muito fofa chamada Valerie, pertinho do museu. Tem várias aqui em Londres. E olha, esse sim foi um acerto porque foi uma das melhores coisas que já comi desde que chegamos aqui. O que me atraiu a princípio foi a vitrine de doces, com cara de doce de verdade, não esses Carrot Cakes nojentos. Pedi um bagel com salmão defumado e cream cheese acompanhado de fritas e o André um omelete com salmão, e estava fantástico. De sobremesa, profiteroles. Mas a carolina não era dessas que estamos acostumados, a massa era super fina e fresquinha, coberta com uma camada de chocolate não muito doce. Meu deus, comeria isso todos os dias! rs... pra quem quiser passar vontade no site tem foto de todos os doces: http://www.patisserie-valerie.co.uk/
E ontem fomos numa churracaria rodízio brasileira que já tinham nos recomendado, o Rodízio Rico, no O2 (primeira dessas três fotos). Preço de Fogo de Chão com qualidade de Varandão no Rudge, mas a vontade de arroz e feijão era tanta que fez valer cada centavo. Acho que foi o que eu mais comi! Ah, e tomei Guaraná, e comi muito pão de queijo heheheh.... posso ficar mais uns 3 meses sem comida brasileira de novo! rs....

Nesse tempo xexelento - hoje estava 10 graus mas garoando - não dá vontade de fazer muita coisa. Não vale a pena viajar pra sair daqui e ir pra outro lugar com o tempo assim. Restam os lugares fechados, passeios em museus, cinema, musicais ($$$$) e comidinhas. Isso é igual em qualquer país...rs

Sunday, 6 February 2011

Chinese New Year Festival: primeira e última vez


Eu estava super empolgada pelo evento da semana eleito pelo Timeout, o Festival do Ano Novo Chinês. Afinal, festival chinês lê-se yakissoba, guiozas e outras friturinhas muito interessantes. É um conjunto de shows, apresentações e barraquinhas que acontece todo domingo depois do ano novo chinês - que foi nesse último dia 3 - na Trafalgar Square e vai até Chinatown. Na teoria parece muito legal, mas na prática foi literalmente impraticável.
Fotos cedidas gentilmente pelo Google já que nas nossas não dava pra ver nada...rs

Os eventos começavam ao meio dia, chegamos lá pelas 2 da tarde, e mal dava pra andar. Achamos um lugar pra ver uns soldados chineses fazendo umas apresentações circenses no palco e depois entrou um senhorzinho tocando um instrumento. Desculpem a ignorância mas obviamente não lembro o que era...rs... esses dragões da foto sinceramente eu não vi, devia ser no começo, sei lá.
Alguns minutos de esmagação depois, tentamos subir pra Chinatown, sim, tentar, porque chegou uma hora que não dava nem pra subir nem pra descer a rua e ficamos simplesmente parados esmagados na muvuca, como na grade de um show do Metallica ou algo do tipo. Tudo isso pra tentar ver alguma apresentação que estava acontecendo na rua e não conseguimos nem achar perto. Era muita gente, mas muita gente mesmo.
Depois de uma hora mais ou menos tentando achar um restaurante chinês legal (porque as barraquinhas só vendiam bugigangas tipo Liberdade, NENHUMA comidinha!...rs) desistimos porque todos estavam com uma fila gigantesca e, na esperança de escapar do povão, comemos num mexicano mesmo! hehehe... pelo menos o burrito estava muito bom, praticamente um PF num pãozinho, com arroz, feijão e frango.

Resumindo, esse festival só vale a pena ou se você chegar muito cedo, imagino eu, ou se tiver muita coragem e interesse de ver as apresentações. Eu, que fui na esperança de uma boa comida chinesa, tive que deixar pra outro dia onde os mesmos restaurantes estarão sem fila nenhuma. Não vale a suvacação, definitivamente.
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Ah, mudando de assunto, assinamos essa semana o plano do século, algo que sempre sonhei em poder ter...rs... você paga 13.50 pounds por mês e pode ir ao cinema quantas vezes quiser na rede Cineworld, que é do lado de casa. Já fui três vezes essa semana. Fiz valer por três meses quase já...rs

Sexta assisti Black Swan. Não vou falar nada porque não precisa e todo mundo já está falando. Sim, é um filmaço, muito, muito, muito, muito f*da mesmo! A fotografia, o sangue, a Natalie Portman, as bizarrices com aquelas penas. Ontem assistimos Tangled, e vale cada centavo. O 3D é muito bom, muito bem feito, e o filme é fofíssimo, no estilo dos filmes antigos de princesa da Disney, mas com umas pitadas engraçadinhas. Tem cenas lindas, fazia tempo que eles não faziam nada nesse estilo. E hoje acabamos de ver Sanctum, do James Cameron. Extremamente previsível como era de se imaginar, estilo Abismo Profundo e todos os outros de mergulho e cavernas, mas bastaaaaante aflitivo. Fiquei mais ansiosa nesse que em Black Swan, e o 3D também está excelente. Bem, só vale a pena se for em 3D eu acho, se for normal vai perder totalmente a graça. Ah, e valeu pelo trailer de Thor, esse sim vai ser um filmaço (espero! rs).