Thursday, 11 August 2011

E quem diria que um dia Londres seria deixada no chinelo!

Podem falar o que for, mas depois de um final de semana na Escócia eu não queria mais voltar para cá. Edinburgh é linda! Isso porque a gente nem conheceu as Highlands, que parecem ser mais bonitas ainda. Chegamos com o sol se pondo. O vôo London-Edinburgh dura uns 45 minutos, é super rápido. Fomos por Luton, que particularmente eu achei um lixo, mas logo logo estávamos lá.


Chegamos na sexta à noite, eu, André e a nossa companhia relâmpago trolha, Tan. Escolhemos por ficar numa guest-house - que não sabíamos muito bem o que era mas, depois dos albergues, era a opção mais em conta. Quando vimos que o banheiro era comunitário fiquei muito p*ta, eu tinha lido no site que era privativo (ou achava que tinha lido). Sabe, aquela sensação de "que nojo, vou ter que tomar banho pisando naquele chão úmido de banheiro de clube". E eu nem tinha levado chinelo! Mas enfim, já estávamos lá, super cansados, e apesar de tudo a pousadinha parecia muito fofa. Nos surpreendemos. Muito. O banheiro estava sempre, mas sempre mesmo, infinitamente mais limpo que o banheiro da minha própria casa (e eu passo aspirador nele quase todo dia). Tudo bem que tinha vários, era meio que um pra cada dois ou três apartamentos, mas mesmo assim. Não tinha nem um fio de cabelo no chão. Mudei absurdamente de opinião e recomendo agora, foi uma estadia excelente, os funcionários realmente eram uma família, super gentis e atenciosos. Preparavam um mega café da manhã e davam dicas do que fazer.

Mas enfim, no mês de agosto acontece espalhado pela cidade toda o Fringe Festival, conhecido como o maior festival de artes do mundo. É um tipo de "virada cultural", que dura três semanas - com dezenas de apresentações diárias - e recebe beeeeem mais visitantes. Nesse ano seria mais de 2000 performers. Mesmo sendo meio tarde resolvemos sair e conhecer um pouquinho da cidade.
Já estava tudo meio que fechando mas achamos um lugarzinho muito pitoresco, cheio de barraquinhas e coisas para comer. Na hora eu estava chata, podre e cansada, mas lembrando agora me dá saudades, foi uma noite muito legal. Não teve nada demais, só chegamos lá, comemos e bebemos um pouco, demos uma andadinha pela cidade, mas sei lá, sabe quando você bate de primeira com um lugar e sabe que vai gostar muito?
No segundo dia começamos nosso turismo pela Royal Mile, que segundo o guia que o pessoal da pousada nos emprestou, é a rua que reúne praticamente todas as melhores atrações da cidade - e também é o centro do festival. Estava cheio de gente mas em nenhum momento virou a 25 de Março. Era super fácil de andar e não se trombava em ninguém - a não ser quando eu estava com o guarda-chuva e saia degolando as pessoas, mas isso já é outra história.
Subindo essa rua dá no Edinburgh Castle. É a atração mais famosa e marco da região, mas seguindo recomendações dos nossos super-amigos-donos-da-pousada não valia a pena ir porque era muito caro, muito cheio e não tem tanta graça lá dentro a ponto de valer todo o sufoco. Como nosso tempo era curto, pulamos essa. Mas mesmo assim ele garante vistas muito legais de várias partes da cidade.


Falando em vistas esse é outro ponto que me deixou encantada por Edinburgh. Onde quer que você vá tem paisagens fantásticas, a 10 minutos de andança uma da outra. É tudo tão antigo, tão medieval... cheio de lojinhas celtas, fadas, dragões, só isso já me conquistou de primeira (que besta isso! ahahahah).
Na hora de comer, a trolha queria provar uma legítima refeição do Reino Unido. Como não sabíamos nada da culinária escocesa - porque muito burramente fomos pra lá sem dar um Google sequer - ela pediu um Fish & Chips mesmo. Eu fui de salsicha de porco com molho de cebola caramelizada e uns vegetais, enlatados provavelmente porque não tinham gosto de nada. Estava tudo ok. Pelo menos ela experimentou um verdadeiro pub, com toda a escuridão e comida esquisita que se tem direito.
Depois do almoço a chuva começou a cair, e pesada. Não teve capa e guarda-chuva que nos poupasse de ser molhados na cara - porque além de tudo ela estava vindo na diagonal pra colaborar. Mas tudo bem, turista que é turista ignora esses pequenos contratempos da natureza e finge não estar achando uma m*rda andar de sapato e meia enxarcados e ficar suando debaixo da capa de chuva.

Fomos então conhecer outra atração muito famosa, o Palace of Hollyroodhouse, mais conhecido como residência escocesa da senhora dona Elizabeth. Muito legal, como todas as outras casinhas da rainha. Tapeçarias, quadros, móveis, tudo ainda utilizado nas cerimônias reais. O mesmo esquema de Windsor, mas com um pouquinho menos de glamour, como se você comparasse a Granja do Torto com o Palácio da Alvorada... hehehe. A parte de fora, com os jardins, paisagens e as ruínas de uma abadia, que pareciam ser o diferencial, tivemos que ver correndo - literalmente - porque a chuva estava torrencial.
Muita água na cabeça depois, voltamos para o centro do festival porque tínhamos que decidir o que assistir a noite e fazer mais um lanchinho. Entre muitas atrações, algumas gratuitas, algumas na rua - apesar do aguaceiro -, algumas muito caras. Tinha de tudo. Acabamos escolhendo uma chamada Baby wants candy, que valeu cada centavo pago. Uma evolução daquele programa de humor da MTV onde os comediantes recebem um tema e tem que improvisar uma cena, lá eles tem que improvisar um musical. E foi muiiiiiito bom. Depois fomos do 100 pro 0 e acabamos indo, pela proximidade e novamente empurrados pela chuva, num espetáculo de origami-3D-live chamado Puppetry of the Penis: 3D. Pelo que o nome já indica me pouparei de maiores explicações, mas posso resumir como uma das coisas mais bizarras e constrangedoras e dementes que já vi na minha vida. E olha que idiotice eu nunca me poupei de assistir, isso quem me conhece pode assinar em baixo (#humancentipede).


No dia seguinte, mais água na cara. Já tínhamos coberto quase todas as maiores atrações da cidade então preferimos as atividades indoor. A Escócia é, como todo mundo sabe, famosa pelo seu whisky - além da chuva. E eu abomino whisky. Mas tudo bem, novamente incorporando o espírito experimentador de todo turista fomos no The Scotch Whisky Experience. E não é que valeu cada centavo? Depois de um tour Disney-vibe num carrinho contando toda a história e processo de elaboração da bebida, você vai para uma sala onde tem uma míni-palestra sobre os diferentes tipos de single malt, blended, e aprende a diferenciar de que região da Escócia vem cada sabor de whisky. E isso que me surpreendeu mais, realmente você percebe a diferença, é inacreditável e você se pergunta como não tinha percebido isso antes. Uma dica, se você gosta de whisky, opte pelo Gold ou Platinum packages, que incluem mais opções na degustação. Se você está com alguém que prefere o pacote mais barato, como eu, não importa, fica todo mundo junto na última parte do tour.
Na última foto, tabela com cheiros que diferenciam as bebidas de cada região e o copo de degustação. Na foto de cima, Tan já muito alegre depois de dois dedos de whisky - pelo menos dessa vez a boca dela não ficou roxa...rs

Como a nossa máquina fotográfica não era a prova d'água, não conseguimos tirar fotos incríveis e numerosas na nossa viagem, mas tem uma que pra mim resume muito tudo o que esse final de semana foi. É idiota e não tem nada demais, mas tem muito sentimento (como estou poética hoje... hahaha). Eu e trolha, de pijama e cabelo úmido, sentadas no chão pra não derrubar esse frango seboso na cama, saboreando um churrasquinho grego do legítimo depois de andar uma meia hora que pareceram 3 devido ao cansaço e a chuva até nossa pousada no sábado a noite. Porque a gente perde a paciência mas não perde a vontade de comer! :-)

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Um P.S. Como todos os passeios londrinos que a minha ilustríssima e nariguda visita fez já foram postados pelo menos umas 3 vezes nesse blog, vou lhes poupar de repetir informação. Ainda mais porque ATÉ AGORA ela não me mandou as fotos! hahaha....

*** Trô, obrigada pela semana maravilhosa! Você foi a melhor companhia do mundo - desculpa Mah, mas ela acorda beeeeeeem mais bem humorada que você, toda serelepe, e quer comer toda hora...rs. Te amo muito! (tirando os momentos que você fica grunhindo de manhã).


Sunday, 31 July 2011

Um dia na casa da Rainha

Não sei se eu que não ando mais tirando fotos, se é falta de fazer algo muito relevante ou se só ando é muito cansada mesmo, mas esse blog está ficando muito chato... rs... não tenho mais sobre o que escrever! E só tenho foto mixureba agora! - isso também é culpa da dona Aline que não manda as fotos super profissa da câmera modelo 2025 dela!!! rs... -, mas enfim...


Quando a minha mãe, a Rafaela e o ainda estavam aqui, no comecinho do mês, passamos um dia no Windsor Castle, uma das um milhão de residências da Rainha. O dia estava bonito e é facinho chegar lá, compramos a passagem de trem na hora mesmo.
Primeira foto com vista aérea by Google devido a escassez de material fotográfico decente (= preguiça).

Nem saímos muito cedo. Estávamos todos meio cansados - como pode-se ver nas fotos! - então acabamos saindo de casa depois do meio-dia. Mesmo assim deu pra ver tudo. Não tínhamos comprado nem o ticket de entrada com antecedência, tinha uma fila gigante quando chegamos mas foi bem rápido, em meia hora estávamos entrando.
Pegamos o audio guide de graça. Fomos só pedir uma informação e o cara deu uns quatro pra gente. Mas mesmo assim acho que teríamos pagado. Esse é o tipo de lugar que sem informação fica tudo chato e desinteressante.
Pra ajudar, dentro do castelo não pode tirar fotos, então fica difícil postar alguma coisa (essas também são do Google...rs). Pegamos uma filinha pra entrar nos aposentos, mas foi a parte que eu mais gostei. Tem vários salões de banquete, quartos, obras de arte, e é interessante saber que são utilizados até hoje. Em uma das salas mostra um vídeo de eventos recentes da realeza realizados lá, é bom pra dar uma parada e descansar um pouco. Você se sente lendo um livro de histórias medieval com os brasões dos cavaleiros britânicos, acontecimentos de traição e roubos do trono, tudo que aconteceu de verdade.

Uma das atrações mais famosas e, na minha opinião, bizarras, é a casa de bonecas da Queen Mary - vide foto abaixo. Foi um presente dado a esposa do Rei George V, mas é muito interessante porque ela tem encanamento e eletricidade que funcionam de verdade. Artistas da época fizeram esculturas e pinturas em miniatura pra fazerem parte do "brinquedo". A questão é que ela é muito sinistra, mas muito sinistra mesmo... rs... pra dar mais destaque aos detalhes, ela fica numa sala completamente escura, então parece que a qualquer momento as coisas lá dentro vão começar a se mexer igual num filme de terror e uma criancinha japonesa de olhos pretos vai te atacar através do vidro... hahahah...
Depois de uma tarde toda lá dentro, chegou a hora de almoçar/jantar. Estávamos todos muuuuito famintos e a minha mãe já não aguentava mais andar (como você pode reparar o sorriso dela era cada vez menor nas fotos... rs). Paramos num restaurante chinês super bonitinho, na saída do castelo, numa rua bem pitoresca. Sentamos nas mesas que ficavam para fora e comemos até dar sono. Tem bastante opções de comes e bebes por lá... desde os fast-foods Nando's, Pizza Express, Mc Donald's até restaurantes pequenininhos. A cidade em si é beeeem legal... acho que uma tarde passeando deve ser tão interessante quando o dia no castelo.......

Sunday, 24 July 2011

A exuberância gastronômica de Rafaela e Vera in Europe

Se você vai passar uns dias em Londres, porque não focar a sua viagem no que mais interessa, como a culinária local? rs... é por isso que das fotos que tenho da passagem da minha minha mãe e minha irmã aqui em casa, 99% são delas comendo...rs.
 Logo no dia de chegada, hamburgers no Byron Burger de Canary Wharf pra começar destruindo. Elas tinham pedido refeição vegetariana no avião e passaram fome... hehehe... porque a refeição vegetariana da TAM é vegan mesmo, sem ovo, leite e até mesmo sem glúten, não pense que é uma massa quatro queijos, é só uma saladinha mequetrefe. Então nada melhor do que começar com muitas frituras pra alegrar o coração... Muitas saudades desse dia, quem diria que ia passar tão rápido...!
No segundo dia, o lugar mais amado e esperado de todos: Borough Market. Não vou ficar explicando e dando mil detalhes porque acho que já falei dele um milhão de vezes no blog, mas não custa repetir que é um dos meus pontos preferidos pra uma refeição pitoresca. Pertinho da London Bridge, mata alguns pontos turísticos da lista no caminho já. A Rafaela comeu um caldo de peixe tailandês com gosto de perfume e detergente - mas ela adorou! - e a minha mãe, falafel no pão pita - e agora ela está viciada em homous!.
Mas óbvio que não foi só isso. Só de degustações deu quase mais um almoço... um monte de queijos, cogumelos, pães, pastinhas de tomate - se alguém passar por lá não deixe de comprar um potinho desse tomate defumado, é MARAVILHOSO! - e a Rafaela realizou seu grande sonho de comer trufas frescas...rs
E depois que elas pegaram gosto por essas feiras nada melhor do que um dia de Portobello Road e Camden Town. Almoço em um, sobremesa no outro... frutos do mar fritos - os preferidos do Júlio também!!! - e um coquetel de suco abacaxi com o que eu acho que seja leite de coco ou algo parecido. E pra quem vai em Camden fica a dica dos churros brasileiros, uma delícia! Eles fritam na hora e o doce de leite parece ser leite condensado de panela, muito muito muito bom mesmo pra matar a vontade...
Após muito custo e muita fila, como sempre, nachos no Hard Rock Café. Tentamos ir no meio da semana pra evitar a muvuca mas não adiantou. Como é férias tinha um monte de grupos de adolescentes italianos e espanhóis em excursão, formava fila até na lojinha. E depois de muito apanhar, eu assumo que é a última vez que vou nesse lugar, não vale nem pelos melhores nachos do mundo! hehehe... (mas vale pra ver a Rafaela até virando os olhos depois de duas pratadas de nachos e outras friturinhas!).

Pra quem nunca foi recomendo também uma passadinha na loja da M&M's recém aberta em Leicester Square. É a coisa mais americanizada do mundo, mas é fofo e tão colorido que enche os olhos e não há quem não resista a comprar um punhadinho de M&M's separados por cor. Cássio e Evelin se fartaram e o ele saiu com meio quilo de M&M's que acabou em 15 minutos... hehehe...


E o que é uma viagem gastronômica a Londres sem uma passagem pelo chá da tarde mais tradicional do mundo? O Afternoon Tea do Ritz vale pelo ambiente mas não pelo cardápio. Desde a entrada você se sente dentro do Titanic, com direito até a músicos tocando de fundo. É muito, mas muito chique. Arrisco a dizer que é o lugar mais fino que já fui na minha vida. Louça chinesa, talheres de prata, aquela torre de doces que você vê nos filmes da realeza inglesa. Mas a comida é fraquinha. Na verdade, pra quem está acostumado aos chás da tarde no Brasil, com um milhão de tipos de pães, doces, bolos, carolinas, bolinho de chuva, não tem comparação, por isso não espere muito. De salgados são uns pães de forma com patê - salmão, queijo, pepino, cream cheese, etc - e de doces tem scones - tipo de pãezinho super tradicional aqui, mas que também não tem nada demaaaais -, dois tipos de bolo e alguns docinhos que você pode repetir. Tudo muito fresquinho e gostoso, mas o custo benefício pesa nessa hora...rs... creio que outro diferencial também seja, obviamente, os chás. Eu não conheço nem gosto, mas pra um bom apreciador não faltam opções. Sabe, tipo o "chá cultivado nos pés do Himalaia pelas criancinhas órfãs do Uzbequistão"... tem vários desses... Pra quem quiser tem que reservar com bastanteee tempo de antecedência, eu marquei mais de um mês antes se não me engano e já não tinha mais de final de semana.

No final das contas foram quase duas semanas de muitas comilança. Faturei ainda sacos de feijão, doce de amendoim, Bis, bolo de cenoura, de chocolate.... muito bom. Fiquei mal acostumada. É muito triste de final de semana agora não ter mais a comidinha da minha mãe pronta e pão de queijo saindo do forno, vou ter que reacostumar tudo de novo... heheheh... e passou muito rápido! Queria que fosse aquela sexta de novo!!!!!   :-)
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E mudando de assunto, uma fotinho em homenagem a minha amiga Luana Santana. Sem a Amy, agora você vai ter que ouvir High School Musical e Justin Bieber... hehehe... R.I.P. Winehouse.

Monday, 13 June 2011

Uma cidadezinha muito fofa


Uma das coisas que eu mais queria conhecer na Europa, acho que por influência dos tantos filmes que eu gosto tanto, eram as vilazinhas antigas, meio medievais. Brugge foi a nossa primeira. Pertinho da estação do trem e de Bruxelas, é uma cidadezinha deliciosa. Fizemos praticamente o turismo todo num dia só, mas com certeza quero voltar e passar um final de semana inteiro, fazendo nada. É uma cidade que convida ao ócio, ao chocolate, ao foundue...
Não há muitos pontos turísticos. Você pode ver tudo andando mesmo, ir de carruagem ou de barco. Fizemos o passeio de barco, 6 euros cada um por meia hora. Vale a pena. Não é caro, é bem bonitinho e dá pra ter uma boa idéia da arquitetura da cidade. Você tem uma vista legal do Belfort, essa torre de sino de 1240.
Uma parte curiosa foi quando passamos por uma parte do canal que chama Minnewater. Ninguém sabia na hora mas, pesquisando na internet, eu vi que ela é cheia de lendas envolvendo cisnes. Está certo que vimos uns 100 juntos, mas não fazia idéia que tem toda uma história por trás. É impressionante ver tantos deles vivendo num mesmo lugar, e tinha vários filhotinhos.
Assim como Brussels, a cada esquina tem uma loja de chocolate. Conseguimos provar alguns e eles eram até mesmo um pouco mais baratos. As lojinhas eram mais convidativas e caseiras, sabe? Cara de comércio do interior. Outro ponto turístico é o Le lac d'Amour. Não espere muito, é só um laguinho musguento.
As lojas de cerveja também são muitas. Outros pontos que valem uma paradinha pra foto é o Bonne Chiere, um moinho de madeira de 1888 e a Basilica of the Holy Blood - foto menor -, que alega ter uma relíquia de José de Arimatéria contendo um pouco do sangue de Jesus Cristo. Se é verdade ou não eu não faço idéia, mas peguei a fila pra ver... heheheh.


Se eu pudesse escolher mais um final de semana, ficaria em Brugge. Pra quem só quer dar uma relaxada, comer em lugares legais e aconchegantes e tomar um chocolate quente - ou uma cerveja! -, eu indico e assino embaixo. Um pouco mais perto que Bruxelas pra quem está em Londres e com uma cara de antiga muito amistosa. Adorei. No final da tarde era hora de voltar pra casa. De carro. Dentro do trem. Essa eu também nunca tinha visto! rs...

P.S.: Tome muito cuidado com as suas trufas e bombons maravilhosos, eles não são resistentes quanto uma caixinha de Especialidades Nestlé! Deixei os meus dentro do armário, não pegaram um super calor de verão em momento algum mas mesmo assim viraram um monobloco de chocolate! ARRRGGGGHH!

Thursday, 9 June 2011

Matando as saudades


 Uma coisa que todo brasileiro reclama e sente falta quando muda pro exterior é churrasco. Isso é algo que eu ao menos não posso reclamar. Já comi pelo menos umas 2 vezes desde que cheguei aqui, não chega perto em número do uma vez por semana que meu pai fazia em casa, mas não sendo a maior fã do mundo já está de bom tamanho.
 Bruno, Maíra, Tali, Aline, André, Samuca e eu no Genovese's Park - Evelin e Cássio atrasados... rs.
Matheus aguando a churrasqueira e meninos posam com a convidada ilustre.

 Como a maioria das casas e apartamentos não são agraciados por uma mega churrasqueira de alvenaria como é no Brasil, sobra fazer nos parques. Também, porque alguém gastaria dinheiro e espaço em algo que só pode ser usado uns 3 meses em 12??? Mas isso não faz dos nossos churrascos piores. No final de semana passado, graças aos dotes culinários da Maíra e do Bruno, tínhamos até vinagrete e maionese. Não faltava mais nada. Ah, e um pãozinho com gergelim muito bom. E no parque você ainda tem espaço pra caramba pra fazer o que quiser.
English/brazilian barbecue em abril na casa do Rui. Tinha até coraçãozinho (blerght!).

A maioria das coisas que se tem vontade de comer não se encontra em qualquer esquina mas sempre tem um mercadinho obscuro que vende, ou até nos hipermercados mesmo, se você procurar bem. Guaraná, requeijão (que eu ainda não achei!), leite condensado, picanha. O problema é que as minhas habilidades culinárias ainda não me permitiram sair do arroz, então fico fadada aos croissants e biscoitinhos ingleses. Ou seja, quando minha mãe chegar aqui vai ter uma grande listinha de guloseimas pra fazer pra mim! hahahah.... não, não é brincadeira! rs...


Ou a gente vai explorando os amigos mais afortunados de dotes culinários. Brasileiro que é brasileiro aprende a fazer feijão sem panela de pressão, então fui presenteada pela Tali com um grande prato de arroz, feijão, batatinha frita e carne moída pra matar minhas lombrigas. Que saudades eu estava de um PF!!!!!!!!!!

E já que eu estou chutando a barraca mesmo nesse post, não falando nada de útil e só lembrando de comida, nada melhor do que ficar olhando pras coisas que eu mais estou com vontade e chorar abraçada no travesseiro. Siiiiimmmmm, eu sei que a maioria delas se acha não sei lá onde sei lá com quem, mas eu queria elas ali na esquina, baratinhas e de fácil acesso, sem ter que pegar um metrô e dois trems pra comer um salgadinho ou pagar preço de Jardineira por rodízio de beira de estrada.
Catupiry não existe aqui. Então imaginem as pizzas. Tem até que uma ou outra melhorzinhas, mas 99% é tipo Pizza Hut. Pãozinho francês, daquele quentinho recém saído do forno? Esquece! Só tem pão de mercado, e bem mequetrefe, que rasga o céu da boca de tão cascudo. Pastel, coxinha, doce de leite... você tem que atravessar a cidade e ir na vendinha ilegal do terceiro andar de um prédio sem janelas pra conseguir. Feijoada, bolo de verdade (sem aqueles glacês e camadas de açúcar nojentos) até que dá pra fazer se você sabe. Pão de queijo é uma fortuna. Tá bom, estou exagerando um pouco, mas só um pouco.
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E falando de sentir falta resolvi postar uma fotinho da única coisa que supera todas as outras saudades juntas e somadas. A criatura mais linda e devota da Terra em seu momento de sono invernal. Não há Skype nem vídeo que ajudem nesse caso, só uns felpinhos brancos e graciosos que eu acho eventualmente em algum casaco. Lola!

Sunday, 5 June 2011

O dia em que eu comi o melhor chocolate da minha vida


Ok, isso foi um pouco exagerado e precipitado, mas que em Bruxelas estão alguns dos melhores chocolates que eu já experimentei é verdade. A cada cinco lojas, uma é uma chocolateria. Na grande maioria, eles são muito mais bonito do que gostosos, mas mesmo assim já dava um calor no coração só de olhar pras vitrines.
Algumas deixam você entrar e provar, e os preços são bem variados. O problema é que os realmente muuuuito bons, óbvio, são os mais caros. Uma dica, se você quer comer o melhor chocolate belga não importa o preço, vá na Neuhaus. Tem no Iguatemi em São Paulo também, mas lá beira o impagável com ovos de Páscoa de mais de 300 reais e acima. Em Bruxelas eles têm preço de chocolate Kopenhagen. Nas lojas mais populares, caixinhas de 10 bombons por 4, 5 euros, trufas, torrones caseiros, é tanta variedade que você não se cansa de entrar nem que seja só pra ficar olhando.
Bom, como eu já disse o que interessa, vamos pra parte chata, o turismo obrigatório...rs. Começamos a viagem pela Koekelberg Basilica, mais conhecida como Basilica of the Sacred Heart. Vale a parada pra uma fotinho. Bem grande e bonita por dentro, mas você paga pra subir na cúpula (jura?). Por isso ficamos só embaixo mesmo.


Fomos pra Bélgica nesse determinado final de semana (28-29/maio) porque teria um festival de jazz que acontece todo ano. Não que amássemos esse estilo de música, mas a Talita e o Matheus já tinham ido a um ano atrás e tinha sido muito legal. E realmente é mesmo. A música em si não importou muito, mas a cidade fica agitada, cheia de gente e de atividades. Os bares ficam abertos até mais tarde e a Grand Place, uma praça enorme e rodeada de prédios antigos, abriga um mega palco e um monte de mesinhas e barraquinhas de petiscos típicos. Não tem coisa melhor.
 E além do chocolate e da batata-frita - sim, Bruxelas também é famosa por suas chips servidas em cones de papel! - tínhamos que dar uma olhadinha nas tão numerosas lojas especializadas em cerveja. Porque se tem uma coisa lá que consegue superar em número os chocolates, é a cevada! É tanta marca diferente, tipos e variações que você fica perdido e não sabe nem o que levar. No final acabamos não levando nada... hehehehe.
Mas isso não quer dizer que não iríamos provar! Alguns bares fazem beer-tasting, um tipo de degustação. Pagamos 14 euros por 5 copos e um pote de queijinho. É interessante e vale mais pela experiência mesmo, porque das 5 eu só consegui beber 2. Das outras, uma era muito forte, uma tinha sabor de cereja (NOJO PURO!) e uma de pêssego em calda (IRGHT!).
Mas não é só de alegrias que se faz uma viagem, né? Sempre há decepções. A primeira e maior de todas foi com o waffle. Você vai pra Bélgica imaginando comer um maravilhoso e perfeito waffle belga, com sabor único e inigualável, mas só acha waffle seboso, com chantilly gordurento e calda de sorvete de chocolate ao invés de chocolate de verdade (muitas lagriminhas caem nesse momento!). Com certeza deve ter algum waffle mega caseiro e delicioso escondido em algum lugar pitoresco, mas nós não achamos. Paguei mais ou menos 4 euros por waffle, um por dia, na esperança de achar um bom, e o da Bond Street aqui em Londres continua sendo muiiiiiito melhor. Acho que até os que eles fazem nas barraquinhas de Embu das Artes em SP batem os que eu provei lá, com longa vantagem.

Decepção número 2, o Mannequin Pis. Você vê em um monte de loja de souvenir pratos, canecas, réplicas, de um menininho fazendo xixi. Ele está por toda parte da cidade. Quando você vai conhecer a famosa "estátua", quer até chorar de tão ridícula. Dá vergonha alheia de uma cidade ter como um de seus símbolos uma coisinha tão sem graça. Ele deve ter uns 30 cm de comprimento, e só. E é isso. E você tira uma foto e vai embora se perguntando por que diabos ele é tão famoso. E não encontra explicação. Na net tem um monte de lendas e histórias mas nada é confirmado. Achei um lixo.

Como tinha o festival, a maioria dos estabelecimentos da cidade estavam fazendo maratona de bandas ao vivo então tomamos uma cerveja em cada bar pra conhecer lugares diferentes. Não deixe de conhecer o Délirium Café, escondido numa viela perto de uma rua cheiaaa de restaurantes gregos e italianos. Ele é famosíssimo e virou ponto turístico por ter reconhecidamente mais de 2.000 rótulos de cervejas do mundo inteiro.
Em Bruxelas, dá pra conhecer quase todos os pontos mais famosos em um dia só se você estiver de carro. A maioria não tem muita coisa pra fazer, então você só pára, dá uma olhadinha e tira uma foto. No Cinquentenaire Park tem o Arco do Triunfo belga. Interessante mas não tem comparação com o de Paris. Nesse parque também tem o museu do carro, um museu de guerra, mas tudo pago.

Perto do centrinho tem o Jardin Du Mont Des Arts, uma pracinha bem bonita onde do lado tem um café da manhã delicioso, não tem como errar. Esses edifícios japoneses da foto fazem parte do Museums of the Far East, um museu dedicado a cultura oriental que estava fechado quando chegamos lá. Pelo menos o lado de fora é lindo, muito bonito mesmo, vale a visita pelo menos pra dar uma olhadinha rápida.


Outro pit stop pra foto que fizemos foi no Royal Palace of Brussels. Fica perto de um parque bem legal, então pra quem tem tempo dá até pra sentar e dar uma relaxada. Como estávamos na correria foi só a foto mesmo, pá-pum. Esse aí dava até pra passar, não tem nada demais.
Depois ainda paramos no Atomium, um monumento-museu-símbolo de Bruxelas. Fica junto da Mini-Europe, essa sim vale uma paradinha. Por 11 euros (não era barato mas foi o único passeio pago que fizemos) você passa a tarde vendo miniaturas da Europa inteira.
Isso mesmo, prepare uma tarde toda pra ir lá. Ficamos no mínimo umas 2, 3 horas pra ver tudo. É muito legal mas depois de uma hora você já não aguenta mais. Deve ter mais de 50 miniaturas, algumas que custaram mais de 300.000 euros pra serem feitas.
 
O míni Big-Ben. A Lola gostaria muito de morar aí.
Thiago, Matheus e Talita com o Átomo de fundo - 2 minutos a pé até a entrada da Mini-Europe. 

Junto da entrada tem também um parque aquático e um complexo de restaurantes. Por 20 euros você podia comer até uma feijoada, o que não valia a pena já que com esse dinheiro você come no rodízio de churrasco aqui perto de Canary Wharf, a vontade. Não sei como eles tem coragem de enfiar tanto a faca em comida brasileira, meu deus. E estava cheio!
Acabamos nosso último dia de Bruxelas na ruazinha cheia de restaurantes que fica do lado do Délirium Café, um dos lugares que mais gostei. Sabe, aquelas ruas pequenininhas e aconchegantes? Com cantores ao vivo e um monte de restaurante um do lado do outro? Como tinham nos recomendado, o André, a Talita e o Matheus resolveram comer mussels - ouuuuutro prato típico da Bélgica. A panela de mexilhões custa uma média de 20 euros e dá pra uma pessoa bem faminta. Tem um monte de variações de tempero e complementos. 

Eu preferi ir de paella, que custava a mesma coisa. Estava maravilhosa. Como eu amo paella! Não lembro o nome do restaurante mas creio eles sejam todos muito parecidos, até os preços eram iguais, então não tem como errar.
 Pelo pouco que ficamos em Bruxelas tive uma excelente impressão da cidade, principalmente onde ficamos pertinho do centro. A cidade não é tão grande, então em um final de semana é tempo suficiente pra aproveitar tudo e dar uma boa descansada. O hotel era muito bom, chamava-se Alma Hotel, uma localização excelente, tudo novo, e se você reserva com bastante antecedência sai beeeem mais barato que os preços do site. Recomendo muito. E prepare seu estômago porque você vai comer bastante...rs.