Minhas muitas massas

Ultimamente tenho tido apenas 30 minutos para almoçar, contando o tempo de sair da escola - o que são alguuuns minutos já que tenho que descer 4 andares... blerght!, comprar minha comida e voltar. Como aqui muitos lugares cobram 1 pound só pra você comer dentro do restaurante eu prefiro pegar pra viagem e comer na cafeteria da escola (porque 1 pound numa refeição de 3 pounds só pra sentar numa cadeira é demais pra minha cabeça!). Assim, acabo comendo coisas rápidas, como um wrap, comida japonesa de bandejinha ou algo como essa salada de macarrão, que já vem com molho e um garfo dobrado dentro.

Mas o que eu queria contar mesmo era sobre minhas últimas aventuras culinárias, comigo no fogão. A questão é que eu estou ficando perita em massas, afinal, nada mais fácil do que um macarrão. E pra ajudar, aqui todo mercadinho tem uns molhos prontos realmente muito bons, onde o molho de tomate não é ácido nem aguado e o quatro queijos é realmente gostoso e forte na medida certa.

Nessas últimas semanas pude testar vários tipos de massa (calma, fiz algumas carnes e nuggets de peixe também ehehehe), só pra provar pros meus suuuuuper amigos de plantão, que sim, eu consegui fazer mais que um miojo! Ieba! hehehe... dentre muitos lembrei de fotografar alguns, como esse talharine com molho quatro queijos e camarão e esse fusilli com molho ao sugo e almôndegas, ah, ali é uma saladinha de folhas com tomate cereja e atum (P.S. nesse dia eu guardei sem querer o resto das folhas no freezer, e óbvio que o alface virou um espinafre de tão murcho e eu tive que jogar fora....rs).

Não é nada demais, mas estou pegando gosto por fazer compras e preparar algumas coisas fáceis hehehe.... e realmente aqui tem tudo semi-pronto, não tem muito segredo. Em supermercados mais gourmets como o rasga-bolso-Waitrose tem tanta coisa boa que é só colocar no forno que nem dá vontade de fazer esforço escolhendo, dá vontade de comprar qualquer um. E tem de vários países, é muito legal, o único problema é o preço que é meio carinho.

Não bastassem as minhas massas, sexta fomos num restaurante italiano, o La Figa (http://www.lafiga.co.uk/), mais uma dica do Matheus heheh, e era muito bom. Não estou brincando, e o André concorda comigo, mas comemos a massa de pizza mais levinha que já provei. Pedimos uma Garlic Pizza de entrada achando que era tipo aquela mini pizzinha que tem no Ráscal ou na 1900 mas era enorme, do tamanho de uma pizza normal, mas era muiiiito leve, muito deliciosa. Como não sabíamos que ela era tão grande, além da pizza cada um tinha mais um prato de massa. O do André era uma lazanha bolonhesa e o meu um prato de nhoque quatro-queijos, fantástico também, gorgonzola na medida certa. E óbvio que eu não sairia de lá sem uma sobremesa! E ÓBVIIIIIO que eu passei mega mal depois! Mas tiiiinha que comer um Crème brulée!!!! Unnnn na hora estava sem palavras de bom, mas depois de algumas horas eu não gostei tanto mais hehehe.... bom, pelo menos deu pra matar um pouco a vontade de pizza que não seja Hut ou Domino's!

O lugar que deixa a Galeria Ouro Fino no chinelo

E quem pensa que a Galeria Pajé é o paraíso das compras está muito enganado! Descobri a razão por deus ter me mandado pra Londres, foi pra conhecer a região dos Camden Markets! rs... tudo bem que toda feirinha que eu conheço eu acho mais animal que a anterior, mas essa creio que seja insuperável! O André me trouxe de surpresa nesse lugar e só não foi melhor porque eu não sou rica, porque a minha vontade era de gastar todo meu dinheiro lá! Se eu já ficava louca na Galeria Ouro Fino, essa é uma galeria com quilômetros...rs.... deixa eu explicar, é um bairro cheio de mercados, como se fossem feiras, vendendo de tudo, mas principalmente roupas e acessórios! E um mais legal que o outro, e os preços era bem acessíveis também - tipo 10 pounds uma camiseta - por coisas bem legais e originais.

Todas as camisetas que eu passei anos me matando de comprar pela internet a preços exorbitantes ou indo até a Paulista e a Augusta e tendo que deixar as calças, em versões mais baratas e com muitos mais opções. Tássia, você e o Lúcio vão ter que hipotecar a casa o dia que vierem aqui, juro! Vi pelo menos umas 30 bancas de camisetas, cheias de promoções! E por mais cheio que esses mercados estavam por ser sábado a tarde foi super andável, se é que vocês me entendem.

A parte culinarística também é muito legal. Assim como no Portobello Market, tinha inúmeras barraquinhas de diversos países. Que eu me lembre vi comida indiana, chinesa, japonesa, espanhola, brasileira (churros!!!!), italiana, blá blá blá... eu comi numa mexicana, tacos (#SouthParkJLoFeelings!), e o André comeu um noodle japonês com frango. E a sobremesa, lógico, um crepe de Nutella! Não sei se ando mais obcecada por isso ou pelos croissants de chocolate! rs...

O único problema, que estava matando, era o frio. Esses dias pioraram, anda em torno de 0o, 1oC, eu não sentia o meu rosto inteiro dessa vez. E pedir um taco, por melhor que ele estivesse, foi uma idéia completamente impensada e idiota porque eu tive que tirar minha luva e comer aquele negócio melequento com a minha mão em estado congelante! Tentamos até um chocolate quente depois pra esquentar e dava vontade de enfiar a mão dentro do copo fervente pra ver se ela esquentava pelo menos um pouquinho. Alguns restaurantes indianos tinham umas mesas com narguille do lado de fora e davam cobertores pros clientes (eu devia ter tirado uma foto disso definitivamente!).

Enfim, se você for pra lá, o que é uma excelente idéia, e gostar de roupas digamos "diferentes", separe um dinheiro, ou vai passar uma vontade imensa! rs... variedade é o que não falta. No verão deve ser muito legal, tem essa parte que eles chamam Little Venice, com um monte de mesinhas perto do rio, luzinhas e tudo mais, uma graça, só não ficamos mais porque senão teríamos hipotermia...hehehe

E eu conheci a Távola Redonda do Rei Arthur

Tá bom vai, é só uma das "talvez távolas redondas" que existem na Inglaterra, mas tem uma chancezinha vai. Pelo que eu li na net há várias mesas por aí que cada cidade proprietária alega ser a original em que o Rei Arthur sentou com seus cavaleiros. Conhecemos no domingo passado essa suposta mesa que fica no Winchester Castle, em Winchester, capital de Wessex, uma cidadezinha a duas horas mais ou menos de Londres.

A mesa em si não tem nada demais, é bem grande - não dá pra ter noção pela foto - e supostamente foi construída no século 13 (por isso que não conseguem provar se é a tal original ou não). Tem o nome do Arthur e dos cavaleiros pintados na borda. De qualquer maneira é bem interessante de se ver, e o castelo em si também é muito legal. O Winchester Castle foi fundado em 1067 e tem partes das suas ruínas lá também, você pode entrar num pedacinho. Vale a viagem!

Esse monumento se chama The Hampshire Jubilee Sculpture, é relativamente novo e comemora 50 anos de reinado da Rainha Elizabeth II. Óbvio que eu só descobri isso procurando no Wikipedia, porque quando estava lá achava que era uma escultura de praça qualquer hehehe... cada parte do círculo simboliza um reinado de algum rei famoso no formato da távola redonda e essas pilastras simbolizam algumas virtudes e tal. Se alguém tiver curiosidade, o que eu acho muito difícil...rs, tem mais informações nesse site:  http://www.hants.gov.uk/pbr/jubileesculpture/

Mas mais impressionante que o castelo, pelo menos na minha opinião, é a Winchester Cathedral. É a catedral gótica com a maior nave da Europa, e realmente é muito louco entrar lá. Do lado de fora já é bem legal, e como toda arquitetura aqui, cheia de detalhes, inimaginável. O desenho original foi feito em 642 mas a construção só começou em 1079 (ou seja, é velho pra kct!). Tem uma cripta com um monte de gente famosa enterrada, como Jane Austen (autora dos livros Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito por exemplo) - o que eu também só descobri depois olhando na internet!

Demos sorte de entrar numa hora em que o coro da igreja estava ensaiando. Deu uma sensação muito engraçada, ao mesmo tempo que a música era envolvente e emocionante - lembrava um pouco cantos gregorianos - era bem sombria também. Aquela coisa bem de filme sabe.

Essas fotos do interior eu tirei do Google porque lá dentro estava muito escuro e achamos chato ficar usando o flash.

É um passeio que vale a pena as horas gastas, com certeza. Fora que a cidadezinha é bem bucólica, pequena. Com certeza tem castelos bem maiores e mais legais por aqui, mas pra um primeiro esse foi excelente. A catedral não tenho palavras, quero conhecer Notre Dame agora hehehehe..... ah, e o melhor, TUDO de graça!!!! Se for cedo - uma coisa que não aguentamos fazer... rs - dá pra aproveitar a viagem e conhecer o Stonehenge, que fica a uma meia hora de Winchester (outro lugar em que definitivamente eu preciso muuuuito ir!).

Neste post em especial aproveito pra agradecer a Talita e ao Matheus, nossos anjos da guarda daqui, que nos deram as melhores dicas de economia possíveis e imagináveis (porque estávamos rasgando dinheiro no mercado que achávamos que era bom heheehe) e estão nos levando pra conhecer todos esses lugares que também não faríamos idéia que existiam. Teríamos falido em uma semana sem vocês! Muito obrigado pela paciência em nos aguentar todo final de semana praticamente.... estamos devendo um jantar, com as minhas iguarias culinárias de pão com ovo e arroz queimadinho no fundo, uma delícia! rsss...

Comidinhas irresistíveis e muito lindas

Sábado passado fizemos a maratona da andança da hora que acordamos até a noite quase. Depois de assistir à Troca da Guarda no palácio e dar uma volta pelos parques resolvemos conhecer a tão famosa Notting Hill. Descemos do metrô na estação Notting Hill Gate e começamos a andar infinito até que chegamos sem querer numa rua meio lotada, era Portobello Road, que não sabíamos no momento mas é muito famosa pela feirinha que acontece aos sábados, cheia de antiguidades, compras e... petiscos!

A rua estava extremamente lotada por isso nem passavam carros, você podia andar na calçada ou na via mesmo, e tudo era extremamente interessante... digamos, uma versão londrinha de Embu das Artes... rs... inclusive na região tem um monte de lojas de souvenirs com a bandeira da Inglaterra (aquelas canecas, moletons, bonés, blá blá blá) e bugigangas de todos os tipos a preços bem acessíveis, preço de muamba mesmo.

Decoração de uma loja de departamento com centenas (sim, centenas!) de máquinas de costura antiga.

Além das coisas baratinhas tem obviamente as beeeem legais. Lojas especializadas em artigos escoceses, roupas de estilo punk, muitas camisetas e artigos de bandas de rock e Lady Gaga!...rs, um ou outro magazine, móveis retrô (#TassiaFeelings)... enfim, vale muito a pena dar uma voltinha. Pra nós ainda que não esperávamos ver nada foi uma agradável surpresa.

Agora, o que realmente interessa, as comidinhas... isso sim, um espetáculo sensacional-magistral-magnânimo a parte... tinham várias barraquinhas com comidas de diferentes países, além dos restaurantes, lanchonetes, starbucks e pubs locais. Não sabíamos o que comer. No começo vimos uma mistureba de frutos do mar de alguma parte da Ásia (não, não era comida chinesa nem japonesa...rs), depois passamos por uns sanduíches incrementados, noodles... acabamos escolhendo uma paella, essa desses tachos acima... por 6 pounds você levava essa mega porção de paella com frutos do mar, e não sei se era a fome que era muita, mas estava muuuuiiiiiito bom... de sobremesa, fomos no simples e certeiro, um crepe de Nutella! Mais um pra minha coleção!

Depois da paella estávamos realmente bem cheios - isso porque dividimos uma! - e do crepe acabei não conseguindo comer mais nenhum doce, o que é uma perdição já que eles eram muito lindos.... mas esse é um problema daqui, sobremesas e doces são aparentemente fantásticos e apetitosos, mas até agora pra mim nada supera o bolo da minha vó ou o de pão de mel da Célia (ou um bolo prestígio feito em casa saído do forno! rs...). Não sei se já disse aqui no blog mas outro dia comprei um bolo de cenoura no Starbucks achando que o tinha em cima era chocolate branco, mas era uma nojenta pasta americana (inclusive, dica pra quem vier aqui um dia, nunca caia no conto do bolo de cenoura inglês, é medonho!).

Na saída da feirinha demos mais uma andada em Notting Hill. E sim, o lugar é uma graça! É tão foto quanto no filme. Não visitamos ainda a casa com a porta azul ou a livraria que ficaram famosos, mas li num site que eles existem, por isso quero muito rever o filme e voltar lá dia desses. As casas são enormes e lindas (e caras, com certeza!). Bem europeu mesmo, como vemos na tv....rs.... dá vontade de morar lá, ter um cachorro enorme e ler o jornal toda manhã tomando café com os pés em cima da mesa....

Muitos quilômetros depois descemos perto da Trafalgar Square, mas de tão turístico e famoso esse ponto merece um post pra outro dia porque hoje eu já escrevi demais e preciso dormir (pensando naquelas barracas de doces do mesmo jeito que ficamos pensando nos docinhos de uma festa de casamento depois que já chegamos em casa....rssssss)

Tradições reais

Ontem, sábado, tomamos coragem para acordar cedo e ver a tão tradicional Troca da Guarda do Palácio de Buckingham. É um dos passeios mais famosos daqui mas precisa ter coragem porque começa às 11h30 da manhã e, como só vimos quando chegamos lá, extremamente muvucado.

Descemos na estação de Green Park achando que não daria tempo, mas embora todos os guias falem que comece às 11 começa às 11h30 só. O gostoso é que você passa pelo meio do parque (Green Park, dããã...rs) pra chegar até lá, e ele é realmente lindo.

A questão é que se você quer ver toda a cerimônia, de uma vista de boa, tem que chegar bem mais cedo. Tem muita, mas muita gente. Acho que a melhor alternativa pra quem está só a passeio é assistir no meio da semana - no verão eles fazem isso todos os dias, no inverno em dias alternados - porque deve ser bem mais tranquilo, senão, chegue lá pelas 10h, pra conseguir um bom lugar (minha dica é tentar pegar um lugar nas escadarias do monumento pra conseguir ver a chegada e eles lá dentro também).

É muito legal ver eles chegando. Sei lá, é besta mas ao mesmo tempo emocionante pela toda carga histórica que esse momento tem - acontece desde o século 17. E por incrível que pareça eles não são só atores, são realmente soldados do exército britânico. Os chapéus deles pesam mais de meio quilo e alguns tem mais de 100 anos (acho que são de pele de urso, algo assim - dó!). Ah, mais uma curiosidade, a pena do lado indica a região de onde o soldado vem.

Depois que eles adentram o átrio do palácio rolam todos aqueles gritos de guerra, berros e passadas que a gente vê na tv. Tem uma banda (não sei se posso chamar assim, mas o propósito é o mesmo) tocando umas músicas de marchar e o melhor, no final eles tocam a música do James Bond...rs.... essa parte foi muito boa e nos surpreendeu, nunca imaginei "tanta inovação" num evento desses.....rs

Nessa parte em que eles já estão dentro é muito difícil de enxergar se você chegou tarde e não pegou um espaço legal. O pessoal se aglomera nas grades, sobe nas costas do outro, então é uma luta pra ver alguma coisa. Eu quase não vi nada, essas fotos são da mão esticada no alto com a máquina fotográfica porque a minha visão em si estava numa altura muito menor, eu conseguia ver, no máximo, um guarda só.

Isso tudo acontece muito rápido, em menos de meia hora eu acho, mas vale a pena fazer uma vez. É curioso e bem londrino...rs... tipo ver o Big Ben, quase que obrigatório. No mês de junho se não me engano, quando é verão, rolam uns passeios pra conhecer dentro do palácio, esse deve ser bem interessante também - mas com certeza pago! rs... pra quem quer mais informações: http://www.changing-the-guard.com/

Na saída continuamos reto por uma avenida enorme que chama Constitution Hill e saímos nessa praça onde tem o Wellington Arch, um arco construído em 1828 e servia para a cerimônia de entrada da rainha para o palácio e para o Green Park. Você pode subir nesse arco por dentro e ter a vista dos arredores de cima, mas como era pago não fomos...rs.... tem alguns outros monumentos nessa praça em prol de soldados que morreram em algumas guerras, tipo o Empurra-empurra do Ibirapuera....rssss.... ah, mais uma coisa engraçada, nos faróis nesse quarteirão tem uma sinalização especial pra quem está a cavalo (nos parques também tem um caminho especial pra isso) que continua funcionando.

Depois dessa andança toda ainda fomos no Hyde Park, um dos maiores parques de Londres. Mesmo na friaca que estava dá pra ver o quanto ele é lindo. No verão ele deve ficar muitoooo cheio... andamos só um pedacinho porque ele é realmente bem grande e tem várias rotas para se fazer. Lá dentro também está o Memorial da Princesa Diana, que não estava no nosso caminho mas pretendo conhecer um dia. Falam que entre abril e maio, quando é primavera senão me engano, os parques ficam fantásticos de tão floridos. Nessa hora estava tão frio que eu senti que a ponta do meu nariz tinha adormecido. Eu mexia nele e não sentia nada....

Essa foi a primeira vez que eu vi bastante cachorros na rua. Tinham vários no parque e todos corriam soltos e serelepes sem coleira, muito emocionante de se ver, a Lola ia adorar....! Ah, tem vários esquilinhos também.... esse branco estava com as patas traseiras tremendo de frio, muita dó...rs

Prestígiunnhhhhhhmmmm!

Esse post de hoje é uma celebração..... ... PORQUE EU COMI UMA FATIA DE BOLO PRESTÍGIO!!!! E ele estava muito bom! Aqui não tem esse tipo de bolo, comi semana passada um bolo de cenoura do Starbucks e ele era horroroso, o que eu achei que era chocolate branco em cima era uma pasta americana muito nojenta! Irght! Nem aguentei comer inteiro! Achei ele num buffet de comida brasileira que fica logo atravessando a rua da escola, ele era beeeem mequetrefe, o Dona Djá é o D.O.M. perto dele, mas comer feijão preto, bife, banana a milanesa, meu deus, estava muito bom! E o melhor, vende também pão de queijo, coxinha, e tem uma mini mercearia com polvilho, bolacha Bono, tudo a preços exorbitante óbvio...rs... Até agora não senti uma vontade mortaaaal de comer nada, mas com certeza essa hora uma hora vai chegar. Quando vem algum desses desejos eu faço igual com as saudades da Lola, páro de pensar e faço outra coisa...rsss

Adaptando-se

A chegada num novo país quando você está de mudança é um pouco mais complicada do que você imaginava que seria. Deixe-me explicar, não é bom nem ruim, mas é completamente diferente de quando você está indo a passeio, de férias ou mesmo trabalhando por um pequeno período. É bem mais difícil. Por exemplo, se você está viajando pra determinado lugar e odeia a comida lá, não vai se importar muito porque sabe que é temporário, se você se muda pra um lugar onde a comida é horrível isso faz sua adaptação muuuuiiito mais pesarosa - saber que você vai ter que se acostumar com isso.

Comida não é um grande problema aqui em Londres. Os mercados têm infinitas opções. Pãozinho eu imaginei que não acharia de jeito nenhum (porque em Sidney peloamor mas lá eu só achava croissant e uns bagels com sabor) mas aqui tem inclusive baguete saindo fresquinha nos mercados. Não, não tem "O" pão francês, mas tem similares. Erro de iniciante: estavamos conversando com um casal de amigos brasileiros que fizemos aqui - e que por sinal estão salvando a nossa vida em muitos aspectos! rs - e comentamos que estávamos achando o preço da comida no mercado uma fortuna. Tínhamos gasto algo entre 80 pounds (uns 240 reais) numa comprinha de 3 dias de coisas super básicas, um absurdo mesmo pros padrões daqui. Quando falamos o nome do mercado em que fomos eles até riram, era tipo o "Pão do Açúcar do Iguatemi" pra vocês terem uma idéia do preço (caso alguém esteja interessado no nome só pra evitar a rasgação de dinheiro ele chama-se Waitrose). Daí eles nos mostraram o Wal Mart londrino, o Asda. E foi nossa alegria. Infinitas promoções de 1 pound, leve 2 pague 1, tudo muiiiiito mais barato. Parecíamos criança em loja de brinquedo. Nossa compra, parecida com aquela anterior, deu 15 ponds incluindo um pack de cerveja. E lá tem até mussarela (que aqui não é muito comum) e Brahma. E uma dica interessante pros cervejeiros, aqui Stella é cerveja de pobre! heheheh.... é a mais barata!!!! Fora que tem diversas mercearias brasileiras com coisas do nosso dia-a-dia. Mas o que não tem??? Pizza igual a de São Paulo nem miojo. Isso não existe por aqui, pizza é só no estilo Pizza Hut/Domino's e miojo é só daqueles noodles orientais com um caldo apimentado. Tem açougue com carnes brasileiras, creme de leite e leite condensado existe alguns similares no mercado e em alguns lugares têm até Guaraná Antárctica.

(foto do Google porque as minhas acabaram pelo momento...rs)

O tempo é uma coisinha bem mais chata de se acostumar. Tinham nos avisado que essa época é meio depressiva e realmente é bem mais complicado de se levantar da cama. Clareia 9 da manhã e escurece às 4 da tarde, ou seja, se você tem qualquer atividade tipo estudo/trabalho só vê, literalmente, a cor do dia aos finais de semana. Fora que sair de casa com garoa e chuva, num frio de 5 graus, é beeeeem depressivo...rs... e mesmo quando está chovendo não tem sol, o tempo é cinza, completamente cinza, todos os dias. Pra algumas pessoas acho que seja pior, tipo a minha mãe, que eu acho que cortaria os pulsos e se jogaria da janela com um tempo desse, mas pra mim, que não sou das mais praianas, nem acho tãooo péssimo assim. Isso porque o pessoal daqui falou que chegamos numa época ótima, que nem deu negativo ainda...hehehe....ah, e se você pára de fazer atividades como sair ou fazer exercícios por causa do tempo vai viver vegetando....rs

Em compensação, no verão falaram que é fantástico. Clareia às 6 e escurece às 9, 10 horas da noite. As pessoas lotam os parques como se fosse praia e tem shows nos parques mais famosos (ano passado teve Paul McCartney no Hyde Park!). Todo mundo sai pra correr, fazer exercícios e lotam os bares até tarde já que parece dia. Ah, e falando em bar aqui eles fecham suuuper cedo. Os pubs ficam, salvem raríssimas exceções, abertos até 11 da noite. As baladas até 1, 2 da manhã. Aliás, a maioria das coisas fecha cedo. O shopping que temos aqui perto fecha tem dia às 6 da noite, às vezes 7. Não é um problema tão grande pra eles, principalmente no inverno, porque costuma-se sair do trabalho no máximo essa hora, então dá pra dar uma passadinha antes. Farmácia, mercado, não tem quase nada 24 horas.

(outra foto do Google com o estilo da maioria dos prédios daqui, pequeno e sem porteiro ou garagem...rs)

Com relação ao preço das coisas tem de tudo. Os brasileiros nos avisaram para parar de converter tudo pro real senão você fica louco, e realmente fica! E fica achando que tudo é um absurdo hehehe.... mas é difícil não fazer isso no começo, quase impossível! Daí tudo que você compra multiplica por três, parece uma fortuna. Mercado acho que acaba saindo elas por elas, ainda mais porque as coisas no Brasil é que encareceram demais. Comer em restaurantes de regulares pra bons é beeem mais caro - preço, no mínimo, de Itaim. Metrô é caríssimo, como eu já havia dito, mas é um mal necessário pelo menos se você não tem carro. Carro é mais barato, beeeeem mais barato, mas beeeeem mais barato mesmo - mas pagar estacionamento é inconcebível, algo como 200 reais a hora....rs. Maquiagem e cosméticos são uma pechincha, você paga por produtos Vichy e LaRoche preço de Nívea e Natura, às vezes até mais barato, sai lagriminhas quando você vai na farmácia e vê tudo aquilo. Roupas depende muito, tem muita coisa de grife que é mais acessível que no Brasil mas continua incomprável, como Burberry, cujo casaco sai uns 1500 reais quando no Brasil deve ser uns 3000 reais, mas em compensação tem Zara, Gap, que sai mais barato que C&A. Shows são bem mais em conta, lugares comuns na média de 150 reais. Agora, uma coisa beeeem cara, mas beeeeem mais cara mesmo, é alugar apartamento (ou comprar também). É absurdamente, infinitamente, desesperadamente mais caro - ainda mais se você, como nós, continua multiplicando tudo por 3...rs... um apartamento 60m2, numa localização boa, mas não top, um quarto, sai na média de 250 pounds POR SEMANA, uns 3000 reais. Ah, e os prédios não tem todas aquelas facilidades como piscina, academia, a maioria não tem nem porteiro, nesses predinhos pequenos com cara de europeu sabe....rs

Agora, o maior problema na adaptação em outro país, creio que principalmente nos europeus, são as pessoas e os costumes. Não tem como não falar, e também não é novidade pra ninguém, mas os brasileiros são beeeeem mais amigáveis e calorosos, seja no trabalho, seja no dia a dia. Tem seu lado bom, por exemplo, se você anda na rua, independente da sua roupa, ninguém vai mexer com você, não vão te dar a menor atenção. Vi uma indiana andando quase pelada, com uma saia tão mínuscula que não cobria nem o final da meia calça sabe, quando ela marca o começo do bumbum, e ninguém dava a mínima pra ela. Homem ou mulher, ninguém virou nem uma vez pra olhar. Se fosse no Brasil ela seria a próxima Geisy, com certeza....rs. E tem seu lado ruim, porque você sente o distanciamento das pessoas. Ninguém olha nos olhos do outro, na rua nem no metrô por exemplo. Ou a pessoa está de cabeça baixa ou olhando pro infinito. E minha professora de inglês comentou que os ingleses realmente não olham para os outros e que ficar olhando pra alguém é sinal de intimidação, que é agressivo até. Credo! rs... pra andar na rua nem é problema porque você não quer ficar olhando pra ninguém mesmo, não faz diferença, mas no trabalho e no dia a dia não é a mesma coisa. Acho que isso é o que mais demora pra acostumar.

Todo mundo falou pra procurar andar mais com os locais do que com brasileiros pra treinar o inglês e tals, mas falar inglês demais chega uma hora que cansa. Esgota a cabeça, é sério! rs.... eu fico o dia todo na aula, das 9 às 5 da tarde, falando inglês. Tudo que você quer é encontrar algumas pessoas com as quais não doa a cabeça conversar....rs..... e demos a sorte de encontrar um pessoal, uma turma de brasileiros toda ligada ao HSBC também, muiiiito legal. Você se sente mais acolhido, vê pessoas que passaram pelas mesmas dúvidas e adaptações que você, te dão dicas, te ajudam, te tratam como família. É muito importante também, te ajuda a ir se encaixando, a se sentir em casa... isso pra mim está sendo essencial.

E quando bate a saudade, e acontece várias vezes, eu me desligo. Mudo meu pensando pra qualquer outra coisa porque se eu fico pensando muito obviamente me dá vontade de chorar....rs.... toda vez que eu lembro principalmente da Lola eu paro, desvio, depois penso mais um pouquinho, vou pensando de pouco em pouco porque daí passa a tristeza, e está me ajudando muito esse método. Estou aqui agora, essa vai ser a minha casa por um bom tempo, então não acho que faça bem ficar se deprimindo e lembrando até doer. Quando começa a bater a saudade eu paro um pouco, mudo minha linha de pensamento, dou uns segundos e volto a pensar de novo até que acostuma...rs... e dá certo! Acho que desde que cheguei aqui só dei uma choradinha uma vez, e depois passou. Acho que esse tempo xexelento ajuda na saudade e principalmente o fato de que até agora não conseguimos curtir de verdade a cidade. Com o André trabalhando e eu estudando, temos só o final de semana pra decidir coisas como mudança, apartamento e tals, não conseguimos ainda tirar dias pra só relaxar e curtir. Se você vai a passeio, come só nos melhores restaurantes, aproveita o tempo todo, faz compras sem parar, se você se muda pra algum lugar tem que economizar pra comer, pra sair, tem milhares de coisas pra resolver (afinal, mesmo em São Paulo, se você sair pra comer todo dia ou vai muito pra barzinhos e baladas fica falido em uma semana! rs). Mas nada que algumas semanas ou meses não te permitam sentir-se em casa e começar a se divertir a valer......rsssss

Deixo vocês então com a criatura mais santa da Terra em vários momentos muito saudosos....rss.... até meu pai que está na praia vai chorar de saudades quando ver essas fotos hehehe

P.S. Nessa uma hora que fiquei escrevendo esse post o pouco sol que tinha quando acordei já sumiu hehehehe e depois falam que São Paulo é a terra da garoa.... ah tá bom! rs....

Notas, Dicas & Gafes

Não sei se vou conseguir postar todos os dias de agora em diante. Começaram minhas aulas, então passei a acordar às 7h30 (o que equivale às 5h30 no Brasil) e só chego umas 18h, um bagaço e com muito sono, óbvio. Fora que não vou mais ver coisas interessantes todos os dias o suficiente pra ter assunto pra um post, mas enfim, sempre que houver algo que valer a pena eu coloco.

Depois de uma semana dá pra notar vários detalhes curiosos da vida de quem mora aqui - vou tentar lembrar de tudo que andei reparando mas é difícil - por isso comentarei conforme minha memória for permitindo (Mah, tome nota porque vai servir pra você em breve....rs).

Antes de tudo, o metrô. Aqui eles chamam de tube, não de subway como estamos acostumados. E não é barato não.... o que permite utilização semanal infinita, que é muito interessante pra quem vem mesmo a passeio porque você economiza no total, sai por quase 30 pounds (não lembro exatamente quanto), mais ou menos 80 e tantos reais. Tem também o que você compra e usa o mês livre, uns 100 ponds mais ou menos. É caro pra um metrô mas barato se você for pensar que pode ir pra qualquer lugar com ele já que qualquer esquina, quase qualquer esquina mesmo, tem um metrô. Se você compra esse cartão - chama-se Oyster - em três dias já está pago se você fosse comprar por viagem (essa frase soou meio errada mas acho que deu pra entender....rs).

Algumas dicas do metrô. Nos horários de pico ele fica beeem cheio, pra quem olha de fora é quase a estação da Sé, mas lá dentro que está a diferença. Primeiro que as pessoas não se esmagam até ficar sem respirar, por isso, se você acha que não cabe espere pelo próximo. Se está cheio, ninguém se espreme e força pra entrar - a ponto de lá dentro você conseguir abrir um jornal mesmo se estiver de pé. Ah, e na porta de todo metrô eles dão jornais de graça, como o Destak e o Metronews, e o pessoal costuma ler e deixar na cadeira pro próximo (achei isso meio engraçado).

Outra coisa curiosa. Na maioria das vezes, esperando pelo vagão chegar, as pessoas fazem de duas em duas filas, com mais ou menos um metro entre elas, pra quem for sair do vagão sair pelo meio enquanto quem estiver entrando entra pela lateral (deu pra entender, né). É bem organizado. E mesmo quando tem muvuca as pessoas são educadas e esperam quem estar dentro sair pra começar a entrar.

A segurança é outro fator ótimo, as pessoas abrem notebook, palm, e qualquer zé ruela tem um Iphone, então não tem problema falar no celular que ninguém vai passar e roubá-lo (claro que deve ter um ou outro caso). Já vi gente tarde da noite com notebook aberto na maiorial, sem se preocupar em ser assaltado. Isso é muiiiito bom.

Mais uma coisa interessante que tem no metrô, mas nos outros lugares de Londres funciona assim também, são as escadas rolantes. Essa eu demorei pra acostumar. Se você quer ficar parado enquanto desce ou sobre fica do lado direito, o lado esquerdo fica livre pra quem quiser ir andando ou correndo. Ouvi vários "excuse me" nos primeiros dias porque eu esquecia e ficava no meio, e como o povo está sempre correndo vai ter com certeza quem queira passar mais rápido que você e não ficar esperando parado.

Que eu me lembre por hoje é só isso. Ah, raramente os locais andam na rua e reparam em você ou te olham no rosto, nos olhos. As pessoas estão sempre andando sem se preocupar com quem está em volta, o que estão vestindo ou fazendo, na maioria das vezes olhando pro nada. É diferente do Brasil onde as pessoas te medem de cima abaixo e ficam encarando às vezes, ninguém olha na sua cara, é muito engraçado. Ah, e se alguém olha tem cara de latino ou indiano, pode reparar..... e no metrô eu acho que se você tiver um ataque epiléptico morre sem ninguém ao menos notar você ali hehehe

Comidinha do dia: na pressa entre uma aula e outra eu parei num dos muitos japas express que tem aqui em Londres. É como se fosse uma quitanda de comida japonesa feita na hora, não é caro (cerca de 4 ponds a porção com uns 10 sashimis/sushis e saladinha - ou uns 12 reais) e o refri era menos de 1 pound, então eu gastei uns 15 reais nessa porção abaixo. E estava muito bom, a rotatividade é grande então é fresquinho. Esse é o site do restaurante: http://www.wasabi.uk.com/

E eu já ia me esquecendo das gafes que eu já cometi aqui. Se não fosse pela de ontem nem valeria a pena comentar porque graças a deus foram poucas hehehe hoje só vou contar essa que eu acho que até agora foi a pior de todas, EU PEGUEI E TOMEI O STARBUCKS ERRADO!!!!! Parece besta mas a garçonete ficou muito put*, não tenho culpa que eu entendi "chocolate" ao invés de "latte" e peguei o copo da outra menina heheheh e bebi um golinho lógico.... cheguei até a pensar como estava sem açúcar meu chocolate quando a menina do meu lado chegou pra perguntar do dela hehehehe

Natural History Museum

Hoje fomos num dos maiores museus de Londres, o Natural History Museum, também de graça! Por ser domingo e ser uma das maiores atrações turísticas daqui achei que estaria super cheio mas estava bem suportável, nada de muvuca e tals. É um museu no estilo do História Natural de Nova York, cheio de animais empalhados, o que, sinceramente, sempre me dá muita dó. É bastante didático, com bastante coisinhas de apertar, botões, animações e vídeos, estava cheio de crianças e dava pra ver que elas gostavam muito. Pra adulto pode ser meio chato porque pra gente não tem tanta graça, por exemplo, ficar 15 minutos numa fila só pra ver um T-Rex em tamanho original que se mexe hehehe

A parte mais legal é a dos fósseis de dinossauros, tem vários deles, alguns gigantescos, muito interessante. Essa baleia da foto de cima é enorme, impressiona um pouco. Ah, e tem lojinhas a cada seção do museu que você vai, mas tudo uma fortuna, lógico! rs...

O que me deixou mais de cara porém, é a parte de fora do museu. A arquitetura é muito linda, e eu nem ligo muito pra essas coisas. Não sei se foi por estar um dia claro e com sol - já que grande parte dos prédios aqui tem esse estilo e nenhum até agora tinha me chamado tanta a atenção -, o que causou uma iluminação toda peculiar, mas a frente do museu é de fazer parar e suspirar, sério! E pra completar tinha uma pista de patinação no gelo que me fez lembrar a minha irmã e muita gente tomando vários capotes hehehe

Bom, não vai ser o museu da sua vida - a não ser que você ame esse tipo de coisa ou tenha filhos muito curiosos - mas por ser de graça vale o tempo gasto (no nosso caso, umas 2 horas porque no final não aguentávamos mais e passávamos direto pela maioria das coisas...rs), e realmente a atmosfera do lado de fora, as pessoas, as lojas, os cafés, valem a visita.

Link do museu: http://www.nhm.ac.uk/

Covent Garden

Ontem fomos dar uma voltinha pela cidade, aproveitar o excelente tempo (aqui lê-se sem chuva ou garoa mas com um frio desgraçado!) e conhecer uma das regiões que eu mais queria ver, Covent Garden. Realmente foi o lugar que fui até agora e achei mais legal. Onde estamos morando por enquanto, Canary Wharf, é mais empresarial, um ar meio Wall Street demais, mais tenso e sério. Covent Garden é o que vemos de Londres nos filmes, aquele monte de lojas, comidinhas, pessoas, fora que tem uma praça que é uma graça, meio mercado, sei lá, parece daquelas cidades italianas. Tinha um cara cantando ópera no meio de umas mesas, barraquinhas, fiquei apaixonada pelo lugar. Tinha até um "quiosque" de paella, com um cheiro delicioso (esse da foto embaixo).

Mas como não tínhamos nem tomado café ainda preferimos ir num restaurante francês que tinha cara que servia café da manhã, e estava bem cheio, então no mínimo deveria ser bom. Pedimos alguns dos pratos do dia, uma sopa de ervilha amarela com bacon, eu pedi um negócio que chamava-se tartele ou algo assim (pãozinho com presunto defumado na chapa, alface e tomate) e o André uma torta de frango com cogumelos. Tudo era gostoso, mas como viemos a descobrir depois que o restaurante era só de comidas orgânicas, meio caro. E a torta era diferente do que estamos acostumados, imaginem um potinho de cerâmica cheio de legumes, frango e cogumelo com uma placa de massa folhada em cima. Isso era a torta (as da minha mãe são beeem melhores, pelo menos eu acho hehe). Meio esquisito, sei lá.

(mais pessoas de preto como vocês podem ver! rssss)

Depois fomos ao mercado e nos sentimos em casa pela primeira vez, com a geladeira cheia! Tivemos que andar (o André teve na verdade...rs) uns 700m do mercado até nosso apartamento com as sacolas pesadas, com várias garrafas de suco, refrigerante, leite. O dedo dele quase apodreceu heheh

E pela primeira vez hoje vi o sol aqui em Londres! rs.... Acordei e o céu está completamente azul, sem nenhuma nuvem, quase um milagre! Dia bom pra conhecer uns pontos turísticos e tirar umas fotos que não saiam cinzas!!!! (não que não esteja 0 graus lá fora, mas pelo menos tem sol hehehe)

O milho

Meu deus, como o milho aqui é bom! Ontem a noite nos aventuramos na nossa primeira utilização do fogão (que é daqueles de chapa, eu nunca tinha usado um assim!) pra cozinhar algumas espigas de milho. E como ele é diferente do que temos no Brasil! Ele é mais doce e muito, mas infinitamente muito, mais molinho. No pacote falava pra deixar uns 6 minutos mais ou menos cozinhando e foi isso, sem precisar de pressão nem nada. E o melhor, ele já vem com um palito no meio pra você segurar! Por isso, fica a dica pra quando for cozinhar aí no Brasil, coloquem um palito no meio, é beeeeem mais prático hehehe

Pelo que já vi nos mercados daqui não são tãoooo diferentes. Não procurei ainda arroz e feijão, mas a minha maior preocupação, que era o pão, aqui tem quase igual. Não tem o francês redondinho mas tem baguete, ciabatta, dá pra enganar bem (porque em Sidney eu só achava croissant, queria morrerrr!). Frutas tem quase tudo igual, fora as guloseimas infinitas.

Isso foi depois que fomos no cinema e voltamos faminto e muito tarde pra um delivery. E, falando em cinema, esse em que fomos pelo menos era um lixo se comparado aos Cinemark do Brasil, meio velho, uma bost*. E tinha uns teenagers meio porcos que ficaram tacando pipoca no chão. Vamos ver se no centro tem algum melhor. Ponto pra São Paulo nessa....rs

Assistimos 127 horas, que já já estreia no Brasil. Vale a pena. Eu estava cheia de expectativas sobre esse filme porque, resumindo, é a história real de um escalador que se ferra e tem que cortar o próprio braço pra sobreviver. Realmente uma das lições de vida mais legais que eu já vi. A uns meses atrás eu estava até meio obcecada quando vi o trailer pela primeira vez (Tássia e Lu estão de prova...rs), mas não me decepcionei. Esse aí na foto de baixo, do lado do James Franco - que estão falando que provavelmente vai concorrer a um oscar pelo papel - é o Aron Ralston, o escalador que ficou moneta...rs

 P.S.: Um beijão pra Dona Dolores, já está preparada pra nos visitar???? Estamos esperando a senhora aqui!!!!! rs

 

The British Museum

Hoje fiz meu primeiro passeio cultural aqui em Londres, ao The British Museum. Todo mundo me falou tanto dos milhares de museus, exposições e tudo mais que eu me sentiria muito zero a esquerda se não fosse em pelo menos um. Como o André já conhecia esse eu aproveitei que estava sozinha e fui dar uma olhada. O legal é que aqui a grande maioria das atrações são gratuitas, os maiores museus só tem algumas partes pagas, e como você já vai gastar provavelmente sua tarde toda nas áreas comuns, não vai querer pagar dez libras a mais só pra ver mais quadro e esqueletos (me xinguem agora, mas todo mundo sabe que eu não sou a maior fã do mundo de exposições e museus....rs).

Esse museu é gigante, fiquei umas 4 horas andando lá dentro sem parar, e obviamente um bagaço. Tem muita coisa chata, como em todo museu que se preze, mas tem umas coisas incríveis que valem pela canseira. Ele abrange toda a história das grandes civilizações, da Antiguidade até a era moderna. A parte, que pelo menos eu, achei um porre, eram as cerâmicas, escrituras, talheres, essas coisas, chega uma hora que eu não aguentava mais ver conjunto de chá e vaso do mundo todo, já passava direto (e outra, se você for ler todas as benditas plaquinhas vai demorar umas 2 semanas pra ver tudo). De legal tinha, por exemplo, um monte de esculturas de mármore da Roma e Grécia, aquelas que a gente vê em filmes e livros de história, e partes verdadeiras do Partenon, aquele templo em Atenas. E você fica se perguntando como levaram aqueles negócios gigantescos até lá.

(partes do Partenon e de outro negócio da Grécia que eu não lembro o nome... ah, e desculpem pela mesma cara nas fotos mas é meio difícil tirar grandes fotografias com você mesmo segurando a câmera, uma blusa, uma bolsa enorme e uma garrafa d'água....)

(isso também eu achei muito curioso, partes de flechas que eles acreditam ser de elfos - saiu até uma lagriminha essa hora! rs - e múmias de gatos!, essa é pra Aninha!!!!!!)

O que eu achei mais legal mesmo, muito, muito, muito, eram umas múmias de verdade. Dei a sorte de nessa parte ter uma senhorinha guia explicando tudo pro pessoal e eu fiquei ouvindo junto, foi muito interessante. Essa múmia meio enrugada da foto embaixo é tão velha, mas tão velha que é de antes dos egípcios aprenderem o processo de mumificação. Imaginem o fedor!

(múmia embalsamada, múmia podre e enrugada e um sarcófago X - devia ter uns cem lá!)

(e pasmem, a múmia da Cleópatra! Pelo menos era o que estava escrito lá....rs)

No final eu já estava completamente exausta e ainda tinha que pegar o metrô. Parei, óbvio, pra fazer um lanchinho e me senti uma verdadeira londrina comendo um hot-dog - andando - debaixo da chuva (lembrando que nesse momento eu ainda segurava uma blusa, a mega bolsa e uma máquina fotográfica!). Foi bem fácil viu! E aqui quase não tem banco pra sentar e nem se tivesse porque estaria ensopado. Mas pelo menos o hot-dog estava muito bom, a salsicha aqui não é igual a nossa, é sem cor e bem maior, e o único acompanhamento é um monte de cebola na grelha, muito bom! Ah, e óbvio que não tinha como a foto sair boa devido a isso tudo que eu já falei....rs

Ahhhh! E pra provar o que eu falei outro dia sobre as roupas escuras e sem cor daqui resolvi tirar umas fotinhos pra mostrar meu ponto! 10 reais pra quem achar uma roupa que não seja preta aí no meio! rsss... beijão e até a próxima (é sexta-feira, ieba!).

 

Link do museu: http://www.britishmuseum.org/